AS 7 DIMENSÕES DA COMUNICAÇÃO VERBAL?
(ver vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=yUb-Imzi-o4)
Ao nascermos, o primeiro som que emitimos para mostrarmos a nossa existência ao mundo é o do choro. Sabemos hoje que para estabelecermos a comunicação com o outro é preciso falar, porém, nem sempre foi assim. A comunicação é uma ferramenta da evolução humana e, em tempos primórdios, a relação do homem com o mundo, com o outro e com a consciência de sua própria existência, passou por diversas transformações, resultando no que hoje é considerado uma área do conhecimento.
Para melhor entendermos, vamos viajar no tempo com o destino de 70 milhões de anos atrás, quando surgiram os primeiros primatas. Esses seres conhecidos como hominídeos, tinham a forma semelhante à do homem, e constituíam suas famílias. Mas como se comunicavam? Igualmente a de outros mamíferos com gritos, urros, grunhidos, rosnados e suas posturas corporais e seus gestos identificavam suas necessidades de comer, de acasalar, de brigar, de brincar e de avisar que alguma ameaça estava a caminho. Pois bem, avançamos para 1,8 milhões de anos atrás, e o que encontramos? Um ser muito mais evoluído que o anterior, o homo habilis. Esse nome se dá pela habilidade manual que tinham e pelas criações de ferramentas rudimentares feitas de pedras lascadas para facilitar e agilizar os processos de sobrevivência.
Conforme o tempo passou, esse ser foi substituído naturalmente por outras espécies humanas até chegar ao que conhecemos, o homem sapiens. Esses grupos pré-históricos mantinham sua forma de linguagem imitando os sons dos animais e da natureza, porém com o aperfeiçoamento de sua comunicação verbal e corporal, criaram regras de interpretações. Essas regras levavam o grupo ao entendimento de quaisquer sinais naturais, estabelecendo símbolos que identificassem a qual grupo pertencia, quais funções cada um estava destinado a fazer e, até mesmo, a expressão das relações de poder entre eles.
Voltamos ao século XXI, e vimos nessa viagem que gradualmente nossos antepassados foram abandonando a mera impressão sensória passando a utilizar a interpretação e compreensão dos símbolos em sua função significante. Sabe o que isso quer dizer? Quer dizer que com essa transição esses seres humanos da pré-história deram o primeiro passo para o surgimento do pensamento, da linguagem e da sociedade que conhecemos hoje. E toda essa história serve para percebermos que estamos em constante transformação e passamos por uma comunicação evolutiva. Comunicar é conectar as 7 dimensões da comunicação à essência do seu ser. O relacionamento com o mundo se dá por intermédio das ferramentas que o ser humano dispõe para se relacionar criando a interface que possibilita o processo de aprendizado.
Vamos relembrar o homem na pré-história. O que será que ele pensou quando viu seu reflexo pela primeira vez sendo refletido nas águas de um rio? Ele se reconheceu fisicamente? E seus pensamentos, será que ele deu conta de que estava formando opinião sobre si mesmo? Agora voltamos aos tempos atuais. O que você vê, sente e pensa quando se olha no espelho? Todo esse reconhecimento e análise crítica que fazemos de nós mesmos chamamos de Comunicação Intrapessoal.
Essa dimensão pressupõe que para estabelecermos uma interação com o mundo externo, precisamos visitar e conhecer a nossa “casa interior”, executando uma comunicação entre nossos pensamentos, sentimentos e ações. Nessa ação, acontece um “diálogo” aberto consigo mesmo. Dizemos diálogo porque é preciso usar a ferramenta de selfback (resposta a si mesmo) para falar de si para si e perceber-se como os outros nos percebem. Estudos nas áreas da pedagogia á psiquiatria revelam que a maioria das dificuldades que surgem em nossa vida adulta, originam-se na formação que recebemos em nossa primeira infância. Pequenas ou grandes, tais dificuldades sedimentam certos padrões de comportamentos aprendidos e absorvidos em nossos primeiros anos de vida. Uma pessoa que durante a infância não foi orientada a desenvolver uma boa comunicação intrapessoal tende a criar uma imagem incompleta e negativa de si mesma, transportando-a também para suas relações interpessoais, podendo mais tarde sentir dificuldade para integrar-se socialmente. A comunicação intrapessoal permite quebrar este processo. A prática desta dimensão tem início com a técnica de auto-observação: dar a devida atenção a si mesmo para perceber-se profundamente. É importante relembrar que as pessoas que possuem a percepção bem desenvolvida tendem a obter melhores resultados na vida prática. É ela que nos permite fazer escolhas conscientes e dirigir nossa energia para mudar o que é preciso ser mudado.
A mudança consciente trabalha em função de um objetivo: saber aonde se quer chegar. Pode-se não saber exatamente de onde se está partindo, mas verifica-se uma direção: a de se aproximar o máximo possível de um alto padrão de auto percepção e autoconscientização das escolhas e mudanças que serão processadas. Sem a atenção e sem a observação, isso não é possível porque não conseguimos nos concentrar para avaliar, refletir e decidir. Aprender a preservar momentos de auto-observação confere mais qualidade à nossa vida e às nossas decisões.
2 Comunicação na Dimensão Interpessoal
Enquanto a Dimensão Intrapessoal é responsável pelo desenvolvimento do nosso ser singular e pelo amor a nós mesmos, a Comunicação Interpessoal desenvolve nosso ser plural e nosso amor ao próximo – oferecendo-os inúmeras oportunidades para nossa evolução e da sociedade. Sem a comunicação jamais teríamos chegado onde estamos. Todo o processo da evolução humana é permeado por esta nossa capacidade. Comunicar conduziu-nos à interação, e a interação nos levou ao aprendizado. Vimos que nossos ancestrais criaram linguagens atingidos estágios de evolução e revolução incríveis por meio da comunicação. E torna-se um bom comunicador aquele que domina a arte da empatia percebendo o outro como o outro é.
Vivemos em um período de transformação histórica, pois em apenas 40 anos passamos da era pós-industrial à da tecnologia da informação e comunicação. Nosso mundo é o da informação – informamos e somos informados o tempo todo por dados, palavras e imagens. Esta nova realidade nos leva a conviver com inúmeros conceitos ao mesmo tempo, a tomar decisões e a efetuar mudanças em quantidade e velocidade inacreditáveis há algumas décadas. Nesse mesmo cenário, o capitalismo se expandiu como modelo para o crescimento e desenvolvimento das nações industrializadas. Surgiram as grandes corporações, que passaram a influenciar não apenas a economia, mas também outros setores como política, sociedade, cultura e meio ambiente.
As corporações que se adiantaram e vislumbram o futuro, passaram a investir em capital humano, educação e clima organizacional. Tais empresas logo perceberam que um produto, por si só, não teria competitividade se não refletisse o “espírito” da organização que o produz. As corporações contemporâneas mantêm programas para descobrir talentos – um engenheiro pode ser direcionado para o marketing como o profissional de marketing para área de RH. O ganho não é apenas da empresa, mas também do profissional, que descobre que é ali que se sente á vontade para se desenvolver, melhorando, inclusive, sua vida pessoal. Sem dúvida, o meio que facilita a estes profissionais revelar seus outros talentos é a comunicação interpessoal. Profissionais que se comunicam bem com os outros conseguem se destacar revelando seus pontos fortes, ao contrário daqueles que se mantém em um canto e limitam-se a fazer seus próprios trabalhos sem se relacionar ou colaborar com ideias, reduzindo assim, suas chances de crescimento profissional.
A comunicação interpessoal pode se desenvolver em qualquer ocasião e hora, e de modo formal ou informal. O mais comum é nos comunicarmos de maneira informal e pessoal. Com exceções das trocas de mensagens digitais e os contatos por telefone, a comunicação interpessoal ocorre face a face com pessoas que conhecidas e com as quais convivemos todos os dias, o que facilita o processo primário de comunicação, ou seja, a troca de mensagens. Entretanto, trocar mensagens, mesmo quando de maneira informal, não significa comunicar-se bem. A maioria das pessoas fala muito, mas pouco diz – o que representa um verdadeiro desperdício em situações nas quais as palavras poderiam ser aproveitadas em benefícios dos outros e de si mesmo. Evidentemente, isso não se refere ao bate-papo gostoso e despreocupado que temos com amigos; muito menos à fala espontânea que surge das emoções ou dos momentos de bom-humor e prazer. Que estes sejam sempre bem-vindos! Porém, é de extrema importância que estejamos preparados para nos expressar com clareza e coerência com todos os tipos de pessoas e em quaisquer ocasiões. Esta competência garante, no mínimo, pontos a mais em nossas inter-relações profissionais e pessoais.
A vida e os acontecimentos se desenrolam o tempo todo e em grande velocidade. As opções são: participar para crescer ou isolar-se e estancar.
3 Comunicação na Dimensão Vocal
Ao nascermos, a primeira coisa que fazemos é abrir a boca e berrar! É claro que isso poderia ser apenas um truque instintivo para descobrirmos se há alguém por perto. Mas a verdade é que no mesmo momento em que descobrimos que não estamos sós, aproveitamos para avisar, em alto e bom som, que a outra pessoa também não estará mais sozinha, e fazemos isso através da voz. E também não iremos sair berrando por aí para sermos ouvidos, isso até desvalorizaria a nossa imagem. Por isso, na comunicação essa Dimensão Vocal é essencial para conquistarmos nossos ouvintes.
Além de ser um maravilhoso instrumento de comunicação humana, a voz tem valor estratégico em todas as áreas da nossa vida – hoje, destacamos, na profissional. Esta, porém, é apenas uma das questões que envolvem o tema, pois nossa voz é, primordialmente, um importante meio para nos definir como indivíduos. A fala revela muitas informações por si só. Ela possibilita a percepção desde a faixa etária, origem geográfica e nível de educação de um indivíduo, até seu estado emocional e o tipo de relacionamento que ele tem com a pessoa que esta conversando. A voz e o ritmo, por exemplo, também podem denunciar o temperamento de alguém – contido ou agressivo, ansioso ou fleumático. É, portanto, fundamental à nossa imagem.
O mais importante aspecto da fala ou da oralidade é a voz. Ao produzir a voz, expomos três aspectos de nossa identidade: biológico, psicológico e social. O biológico revela a saúde dos órgãos que tornam a voz possível. O psicológico transmite informações sobre a personalidade e o estado emocional. O social indica a origem, a cultura e, muitas vezes, de acordo com o vocabulário utilizado, a área profissional de uma pessoa. Falar parece simples, basta apenas colocar em funcionamento um processo natural de saída e entrada de som. Entretanto, sob o ponto de vista científico, o mecanismo da voz é admirável, pois abrange vários estímulos físicos.
O primeiro órgão envolvido na fala é a laringe, na qual se situam as pregas vocais que se aproximam durante a passagem do fluxo do ar vindo dos pulmões. O som aí produzido percorre a boca, o nariz e a garganta e segue para as caixas de ressonância. Ali ele é amplificado e modificado para, então, ser articulado com o movimento dos lábios, dentes, língua, bochechas e palato, possibilitando os diferentes sons da nossa fala. Porém, essa trajetória natural não garante uma voz agradável e espontânea. Para que isso ocorra, dependemos de mais de um conjunto de fatores. São quatro elementos que garante a produção de um som agradável para o ouvinte: a respiração, a fonação, a articulação e a ressonância. Quando esses elementos não são bem explorados, há a disfonia, um distúrbio que dificulta a produção natural da voz, como rouquidão, voz mais fraca e, ao falar, cansaço, esforço, dor, ardor ou ainda pouca resistência.
A voz humana tem características únicas e especiais e todo treinamento vocal, necessariamente, deve passar pela compreensão dos mecanismos que envolve a oralidade típica do ser humano.
A partir desta aprendizagem será possível autenticar o contexto e a emoção que sentimos e queremos transmitir aos que nos ouvem. Afinal, está na voz o segredo de como dizer.
4 Comunicação na Dimensão Corporal
Da expressão facial aos gestos e postura, são inúmeros os significados transmitidos pela linguagem corporal, também chamada de comunicação não verbal ou silenciosa. A compreensão da natureza dos gestos permite observar facilmente o que é possível apenas controlar (movimentos inatos) e o que deve ser mudado ou aprimorado (movimentos adquiridos e treinados).
O desenvolvimento dessa comunicação na Dimensão Corporal permite criarmos uma ponte entre a linguagem não verbal e o que pensamos, sentimos e dizemos, dando coerência e autenticidade ao que expressamos aos outros. Como vimos, o nosso corpo “falou” muito antes de a palavra ser desenvolvida – a linguagem corporal foi o primeiro recurso usado pelo homem para expressar sentimentos e aspirações.
É o corpo que nos transforma em presença. Isso significa que ele é tudo o que possuímos para nos representar no mundo e sustentar a nossa identidade. No entanto, poucas pessoas têm consciência dessa importância – não apenas saúde e beleza, mas como expressão do que somos e comunicamos para a sociedade, inclusive quanto à aparência. Causar boa impressão nada tem a ver com exaltar o corpo ou a aparência. Uma pessoa de bem com a vida, asseada, usando roupa adequada à ocasião, com maquiagem, cabelos e complementos discretos tem tudo para causar boa impressão.
A simplicidade da aparência deve servir de exemplo para a comunicação verbal: belas e elaboradas frases não dizem nada quando vêm acompanhadas de sorrisos forçados, gestos artificiais e olhares fugidios. O desenvolvimento da comunicação corporal permite a criação de uma ponte entre a linguagem não verbal e o que se pensa, sente e diz. Isso proporciona coerência e autenticidade às mensagens que transmitimos aos outros. A coerência de permear todas as dimensões da comunicação autêntica.
Somos seres dotados de inúmeras facetas, e a maioria de nós nunca foi orientada a estabelecer uma conexão entre elas. Crescemos habituados a percebermos a nós mesmos por partes, separando o interno do externo e a palavra da ação. Como resultado, inconscientemente projetamos uma imagem difusa – se não confusa – de quem somos. Por esta razão, gestos, sinais e expressões não devem ser observados de maneira isolada, mas em associação. Precisamos exercitar projeções coerentes com o que dizemos. O aprimoramento exclusivo de detalhes – por exemplo, apenas a voz ou gestos – não é suficiente; é preciso acompanhá-los de sorriso e olhar acolhedores e sinceros.
5 Comunicação na Dimensão Técnica
A comunicação na Dimensão Técnica é uma das habilidades essenciais aos líderes e profissionais que precisam realizar apresentações bem-sucedidas. Refere-se a todo o sistema de apoio necessário para que uma apresentação aconteça: desde equipamentos e tecnologia disponível até facilidades oferecidas pelo ambiente onde será realizada a apresentação. Fazer uso adequado de equipamentos em uma apresentação deve ser preocupação dos líderes de todas as áreas, principalmente em relação ao contexto em que se dará a sua exposição, pois este determinará a escolha do recurso – que pode ser do mais simples ao de última geração.
Lembram-se dos nossos ancestrais pré-históricos? Eles também utilizavam seus meios para disseminar as informações, sendo por meio de imagens nas pinturas rupestres que eram desenhadas nas paredes das cavernas. Antes mesmo da existência da impressora, os livros já traziam figuras para prender a atenção, explicar ou complementar o texto. Sob o aspecto cognitivo, sabemos que a maioria das pessoas tende a memorizar mais o que vê do que o que ouve – este é, portanto um conceito que nenhum profissional pode desconsiderar ao se preparar para falar em público.
Nas grandes organizações, a união do texto ou da fala a desenhos, gráfica e fotos, com o objetivo de disseminar o conhecimento cresceu na mesma velocidade com que surgiram novas mídias, seja para treinamento de pessoal, segurança no trabalho e educação a distância, como para imagem institucional e apresentação de serviços ou produtos da organização. Não foi diferente com a chegada da Tecnologia da Informação. As modernas organizações transformaram-se em verdadeiras zonas de convergência tech, utilizando tais recursos desde a área operacional até o desenvolvimento humano, cultural e de marca. Não há organização sem um endereço na internet para posicioná-la globalmente. Canais como intranet, blog, twitter e equipamentos de videoconferência mal surgiram no mercado foram absorvidos pelas corporações para contatar seu público interno e/ou externo.
Não é preciso enumerar os benefícios que essas novas possibilidades de interação e de autoinformação trouxeram para nossa vida profissional e pessoal. Porém, os estímulos e a cumplicidade oferecidos pelo mundo TI são contagiantes e precisamos aproveitá-los com consciência e sabedoria. Portanto, em nossa proposta de comunicação sustentável, é obrigatório destacar que a tecnologia existe para servir ao homem e não ao contrário. Como disse o autor John Naisbitt especialista em tendências para o futuro: “As mais interessantes descobertas do século XXI não ocorrerão devido à tecnologia, mas pela expansão do conceito do que significa ser humano”.
6 Comunicação na Dimensão Intelectual
Chegamos à sexta dimensão. Pronto, agora você já pode começar a se preparar para falar em público. Para algumas pessoas esta é uma situação de apreensão, pois mesmo quem tem experiência na interação com grupos profissionais costuma se apavorar com esta possibilidade. Afinal, durante poucos ou dezenas de minutos, você será o centro das atenções com todos os olhos voltados para você – pelo menos é o que se espera, pois prender a atenção dos ouvintes é um grande desafio. Porém, isso não garante por si só uma boa apresentação. Se assim fosse, aquele seu colega engraçado que brilha na turma contando piadas ou aquela história de uma viagem que fez seria sempre convidado a proferir palestras.
Uma boa apresentação também exige o desenvolvimento da Comunicação Intelectual: a habilidade de unir conhecimentos próprios – ou seja, vindos da sua experiência, seus estudos e sua percepção – com as outras dimensões de comunicação. Sentir um friozinho na barriga e ansiedade antes de uma aparição pública é normal – não faltam depoimentos de apresentadores, atores e músicos que, mesmo depois de anos de experiência, confessam ainda passar por isso. Alguns apresentadores veem a platéia como um verdadeiro inimigo. Porém, no caso das apresentações, há o privilégio de se poder contar com um público cativo, que considera o orador como alguém que irá acrescentar algo ao seu conhecimento, e que escutá-lo não será perda de tempo.
Provavelmente, das muitas apresentações profissionais que você já assistiu apenas algumas foram marcantes. Por quê? A explicação mais ouvida é que o palestrante era ótimo, prendeu a atenção de todos e passou informações novas e úteis de forma tão agradável que ninguém sentiu o tempo passar. Respostas assim não representam apenas um elogio. Também revelam que uma boa palestra, aula ou discurso bem-sucedido não se deve a apenas um fator. É um conjunto de vários elementos que faz uma apresentação profissional cumprir seu papel. Para um líder, a apresentação significa uma oportunidade poderosa de interação para comunicação de ideias – mais uma razão para ser planejada e estruturada cuidadosamente.
7 Comunicação na Dimensão Espiritual
Esta dimensão completa um ciclo do desenvolvimento da comunicação autêntica e sustentável. É a comunicação espiritual que nos permite dar profundidade ao nosso trabalho, desenhar nossa marca, definir nosso diferencial e nos realizar, uma vez que exprime nossos valores, nosso caráter, enfim, o nosso “espírito”. Desenvolve-se de dentro para fora, por meio de uma busca pessoal e contínua, sempre com o objetivo de nos tornar um ser humano melhor hoje do que fomos ontem, melhor amanhã do que somos hoje.
Pessoas com a comunicação espiritual desenvolvida são simples, generosas, espontâneas, livres, vivem cada dia intensamente e não se vangloriam de suas conquistas nem de suas qualidades. Irradiam, otimismo, vitalidade, bondade. São felizes e levam a sua felicidade a todos os que com ela convivem. Todos possuímos o dom da espiritualidade. Independentemente de crença ou religião, todos temos potencial para entrar em contato com as mais profundas questões do ser humano e de sua vida no mundo – o que resume o princípio da comunicação espiritual e da sabedoria pessoal. Sabemos que a comunicação é uma força poderosa que pode ser usada para o bem ou para o mal; para edificar ou para aniquilar – temos exemplos históricos de líderes que conduziram multidões à guerra, à exploração, à injustiça, à miséria, aos fanatismos e à ignorância.
É a comunicação espiritual que influencia a direção de nossas ações, pois ela se origina em nossas intenções. Se a sua intenção é boa, automaticamente, as ações serão congruentes, ou seja, irão corresponder à ela. Essa autenticidade irá fluir através das suas palavras, através dos seus pensamentos, enfim, tudo o que sai da sua boca e dos seus gestos irá corresponder a essa estrutura espiritual. Essa dimensão pontua o caráter da ação, pois emoldura o jeito de ser da pessoa. Tudo que ela comunica é pautado pelo que acredita, cultiva e desenvolve. O mesmo ocorre nas empresas. Onde há comunicação espiritual, há sinergia e motivação; pode-se sentir a pulsação. A comunicação é uma via de mão dupla, portanto, uma organização que respeita e valoriza genuinamente as pessoas, é valoriza e respeitada.
Dicas para desenvolver a Comunicação nas 7 Dimensões
Comunicação Intrapessoal
Comunicação Interpessoal
Comunicação Vocal
Comunicação Corporal
Comunicação Técnica
Comunicação Intelectual
Comunicação Espiritual
Para finalizar, sugiro que perceba a comunicação como um diferencial competitivo dos mais singulares para as organizações. Comunicamos para expressar necessidades e compartilhar experiências, para cooperar, nos organizar e melhorar nossa performance. Comunicamo-nos para descobrir nossa essência e ampliar nossa consciência, para entrarmos em contato com o infinito e buscarmos o divino.
A comunicação educa, influencia, persuade, seduz, lidera, gera resultados. Precisamos, no entanto, desenvolvê-la continuamente por meio de recursos técnicos, atitudinais e comportamentais.
Nesse aprendizado, partimos da autogestão da dimensão física (voz, corpo), depois mental (comunicação intelectual e técnica), na sequencia emocional (comunicações intra e interpessoal) e finalmente com a evolução progressiva, a espiritual, assim completando As Sete Dimensões da Comunicação Verbal.
Lembre-se de que o conhecimento só se torna válido quando ele é compartilhado e a evolução acontece quando tiramos proveito desse conhecimento, transformando-o em sabedoria e a utilizamos na nossa vida prática para a nossa realização pessoal, social e profissional.